Casa de Cantaber - Runas Romanas de Conmbriga - Portugal

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Casa de Cantaber - Runas Romanas de Conmbriga - Portugal

A evidncia arqueolgica revela-nos que
Conimbriga foi habitada, pelo menos, entre
o sc. IX a.C. e Scs. VII-VIII, da nossa era.

Quando os Romanos chegaram, na
segunda metade do sc. I a.C.,
Conimbriga epoch um povoado florescente.
Graas paz estabelecida na Lusitania
operou-se uma rpida romanizao
da populao indgena e Conimbriga tornou-
-se uma prspera cidade.

Seguindo the profunda
crise potica e administrativa
do Imprio, Conimbriga sofreu as
consequncias das invases brbaras.
Em 465 e em 468 os Suevos capturaram e
saquearam parcialmente the cidade, levando the
que, paulatinamente, esta fosse abandonada.

Conimbriga corresponde actualmente a
uma rea consagrada como monumento
nacional, definida por decreto em 1910.

A casa de Cantaber ocupou uma nsula muito executive no padro urbano de Conimbriga. Com um dos lados menores abertos para o trvio que nodal no vicus novus da parte Leste da cidade (acrescentada pela muralha augustana ao velho permetro do povoado indgena) o fechamento da casa em todos os trs restantes lados (excepo feita porta da rea de servios) contribuiria por si s para fazer convergir no prtico de entrada the ateno dos viandantes.

O enorme vestbulo, num arranjo que se conhece tambm na casa dos repuxos, abre-se para o peristilo executive por trs vos de abertura desigual (o executive mais amplo). O peristilo executive de 6 x 8 colunas (contando duas vezes as dos cantos) organizava todos os espaos da casa, mas epoch contido nas suas aberturas: uma cela the Norte, trs (antes quatro) portas the Sul, uma exedra direita. A exedra de pequenas dimenses e o seu modesto mosaico, com grande efeito decorativo embora, fazia apelo the um element pouco nobre como as tesselas cermicas.

O tanque executive do peris! tilo rep roduz, num esquema simples mas que hurricane grandioso pelas dimenses, o padro dos canteiros ajardinados implantados num espelho de gua que se conhece em Conimbriga e que tem sido atribudo the ecos da arquitectura imperial de Roma. Tambm aqui existia um sistema de repuxos mltiplos e, descoberta que se deve ao excelente trabalho de conservao levado the cabo, deve ter existido um programa decorativo de estaturia de pequenas dimenses, que deve ter ocupado os plintos cujos embasamentos se detectam sistematicamente como recortes quadrangulares que se abrem nas lajes que rematam o mosaico nos intercolnios ou, onde elas j faltam, como engrossamentos da argamassa que as suportavam. A estatueta de Minerva, que um dos mais conhecidos achados de Conimbriga, provm do tanque central, mas no seguro que fosse essa uma das estatuetas em questo, the sua demasiado pequena dimenso no parece compatvel com os cerca de fifteen x fifteen cm de planta que os plintos, ou dados, devem ter tido.

Ao fundo do peristilo, axialmente, entrava-se para o triclnio. O eixo visible prolongava-se para o extraneous atravs da janela fundeira e, uma vez entrado, o visitante assistia multiplicao deste eixo, bilateralmente, pelas janelas laterais, que davam para os tanques, da mesma forma que passagens davam acesso the outros sectores da casa, o do peristilo lobulado (que deve ter sido uma copa) zona de servios. Esta cenografia epoch arquitectnica e socialmente o fulcro da casa e, dois passos dados dentro do triclnio, o visitante est sensivelmente the meia distncia no espao que the casa ocupa.

esquerda da ala Sul do peristilo tinha-se acesso ao zone de peristilo, lobulado.

Ao zone oeste podia chegar-se directamente do vestbulo, que epoch uma cela ostiaria, provida de lareira elevada sobre soco de pedra. Um corredor, que vencia um desnvel importante (no completamente claro se recorreu the degraus) dava acesso the uma sala de servios e, atravs de um estreitssimo corredor instalado sobre uma cloaca, ao peristilo. Para e! ste abri am duas salas: uma coberta de mosaico simples, mas que parece ter comportado um emblema e outra, incompletamente escavada, mas que parece poder reconstituir-se como uma cenatio.

Voltando ao vestbulo, tinha-se dele acesso, pela esquerda de quem entrava, ao zone residencial da casa.

O grande rectngulo, desenhado pelas salas que abrem para o peristilo em ou que com estas comunicam, constitui sem dvida the parte privada da casa, dotada de cubculos e de uma cenatio prpria. A sua construo parece ter sido homognea, ainda que algumas vezes remodelada the nvel de decorao (estuques e o prprio peristilo); faz parte, portanto, da fase mais marcante da existncia da casa.

Uma das salas, coberta de um simples mosaico branco, tal como os corredores adjacentes, servia de tampo the um acesso demasiado imediato ao peristilo. Para ela abria-se uma pequena cela e para o corredor abria-se um pequeno cubculo cuja entrada epoch constituda por porta e cancela ( ? ) assente sobre uma pequena soleira de pedra.

Entrava-se no peristilo pelo canto Sudoeste.

Na ala esquerda abria-se the porta para the grande sala cuja localizao, dimenses e padro de pavimento musivo (assumindo como correcta the nossa restituio) fazem identificar como uma cenatio.

Na ala Sul ficava um grande cubculo, de cuja decorao pouco sabemos, dada the degradao sofrida pela estrutura, mas que devia ter ecos do padro tambm utilizado na sala da caada na Casa dos repuxos (pilastras ritmando painis), e uma outra sala cuja funo epoch mais de corredor do que de estncia, the julgar pela sua planta alongada e pela funo de circulao que inevitavelmente tinha. Cubculo e corredor comunicam no s pelo peristilo, mas tambm directamente.

Ao fundo deste corredor ficava outro cubculo que, por sua vez, abria para uma sala de recepo que articulava trs blocos distintos da casa. Esta sala, para alm de dar acesso, como se viu, parte residencial da casa, abria, por uma porta de dois batentes e trinco, para o peristilo central. Abri! a ainda, para uma das alas do peristilo lobulado. Esta entrada epoch marcada por duas colunas e, no mosaico, por um tapete com decorao geomtrica. Esta marcao arquitectnica do eixo principal de circulao muito interessante na medida em que contrasta com outros pontos morfologicamente idnticos na estruturao da casa, mas que no tm aparato arquitectnico comparvel.

Esta sucesso de compartimentos ficava, portanto, demarcada por um espao tampo provido de instalaes para pessoal servil que guardasse the entrada e por uma sala cuja relao com os espaos circundantes pode ser alterada conforme the circunstncias (virtude da porta com trinco) mas cujo o eixo de circulao normal marcado simbolicamente.

O conjunto dos compartimentos , porventura, o mais interessante da casa. Infelizmente, foi tambm um dos que mais sofreu, ao longo dos tempos de abandono, soterramento e reexposio da casa. Dos seus mosaicos restam dois em bom estado e vestgios de outros trs enquanto outros dois se perderam por completo, mas the sua arquitectura, no essencial, resistiu.

Entrava-se neste zone pelo canto Sudoeste, fosse vindo da parte residencial da casa, entrando-se por isso directamente do peristilo central, ou, ainda por a, do triclnio central. A entrada faz-se, portanto, obliquamente: todavia, the axialidade do conjunto que marcante.

O peristilo ladeado por trs pares de ambientes distintos entre si. A Oeste abrem para as alas e tm uma curiosa janela directamente aberta para o implvio. A Leste constituem uma espcie de pavilhes isolados pelas alas que estabelecem o verdadeiro eixo deste sector, que liga the porta de acesso da parte residencial da casa porta de acesso ao viridrio. Estas alas tm o seu pavimento coberto por um mosaico idntico, o que refora the axialidade. O eixo fundamental de circulao entre the parte residencial e o jardim da casa assim enquadrado por um conjunto de salas que se devem classificar como diaetae. Tambm aqui the cenografia importante. Ao visitante oferecido, mais alm, um eixo suplem! entar, m ais ntimo, para ver o jardim. Um eixo paralelo, mais monumentalizado, o ltimo reduto do habitante (o que explica the colocao escolhida tardiamente para o conjunto) e porta que encontramos aquele curioso motivo apotropaico do labirinto de tipo Mogor.


O Jardim
O jardim preexistente, que ao visitante se apresentaria, na prtica, como um vastssimo peristilo, coroaria the casa. O tanque axial ao triclnio, foi muito provavelmente uma espcie de Canopus, atingindo porventura o prtico (arranjo idntico quele, reduzido). Todavia, restam tnues vestgios do que foi o arranjo e ajardinamento do jardim.

O conjunto do peristilo truncado e das duas salas que para ele abrem, so um testemunho interessante da aplicao em Conimbriga de um esquema arquitectnico de esprito ulico, o da sala absidada, que neste caso, falta de espao para se desenhar como noutros casos conhecidos, escolhe the implantao e recorre the um dispositivo tcnico desnecessrio (a sobrelevao que obriga aproximao por meio de degraus), para impor o efeito cenogrfico pretendido. www.conimbriga.pt/portugues/ruinas.html


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